segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Segundo Mês

O marco principal para mim do segundo mês são as novidades do desenvolvimento do pequeno... sei que é apenas o início, mas o primeiro sorriso que seu filho te dá (por reflexo ou não) enche o coração. O mundo parece fazer mais sentido. Lucas estava com 6 kgs e meio e 60 cm. Ninguém dizia que ele tinha somente dois meses. É nessa fase também que tem a pior vacina, pois é a que tem mais tendência a dar reação. Dei no particular para evitar isso, mas a perninha dele ficou inchadinha... ele mexia e gritava (tapadinho né... era só deixar quietinho com as pernas em cima de uma almofada...eu disse isso pra ele, mas ele não me compreendeu kkkkkkkkkk). 
Ele sofreu (e sofre até hoje) com as brotoejas... no Rio de janeiro está um calor infernal. Não sou mãe paranóica de colocar trinta roupinhas nele...ele vive praticamente de fraldinha e mesmo assim teve brotoeja... a foto acima demonstra que tentei de tudo.... ele inclusive pegou o patinho com os pezinhos... foi muito fofo...
Continua acordando a noite para mamar (é um esfomeado) e mamãe está cansada ainda (melhor do que exausta) e preocupada por não estar emagrecendo mais nada... engordei 18 kgs na gestação e perdi 12... e estacionei!!!
Estou usando cinta, mas com o calor fica dificil aguentar. Saudades de jogar minhas partidas de vôlei e de ir ao shopping a hora que quisesse... mas sei que daqui a pouco irei poder fazer isso com a melhor companhia do mundo,...meu filhote!

Um mês

Quando Lucas completou o primeiro mês (seu "mesario") parecia que o pior tinha passado... ele continuava acordando a noite toda, mas comecei - vamos dizer - desmistificá-lo. Comecei a entender melhor e conquistando segurança a agir com ele. Tudo começou a fazer mais sentido. Não tinha tempo para quase nada, mas a palavra chave para o primeiro mês foi - SEGURANÇA. A mamãe tem que achar a sua segurança. Não adianta a avó dizer, o marido dizer... vc tem que achar a sua base, a sua coragem. 
Tudo fica mais simples e menos confuso. Ainda estava exausta achando que não ia conseguir ficar em pé, mas como estava entendendo meu filho melhor, a nuvem preta de dúvidas que pairava minha mente estava menor e isso me confortava. Comecei a curtir o Lucas melhor...

Os primeiros quinze dias

Todas, mas todas minhas amigas mamães tinham relatado sobre o fatídico primeiros quinze dias. Tuka inclusive me mandou um torpedo as 4 da manhã no seu segundo dia com o seguinte texto: "é.. o negócio é punk...". Mas simplesmente nada do que tem falam te prepara pro que realmente vai vir... se eu pudesse apagar algo da maternidade, apagaria os primeiros quinze dias. Putz, se alguem me dissesse eu que eu não teria tempo nem de fazer xixi eu ia rir...mas é verdade... nem tempo para o curativo da cesarea eu tinha direito. Comprei camisolas de amamentação e sutiã tb... usei: os usei sim. Mas vamos ser práticos: aquilo é lindo...só um buraquinho para seu bebê e todo seu corpo incluso... e Lucas gostava??? é ruim!!! então eu vivia com a camisola com as alças arriadas e sutia de amamentação aberto... era o tempo todo... 15 em 15 min ele queria mamar... chorava... comecei a achar que era cólica...meu peito formou sangue pisado e fissuras....ardia minha alma toda...é a dor do corte da cesarea, cólicas, dores....afffff dá vontade de fugir sim... o que te prende realmente é o bebezinho lindo olhando pra ti....visitas o tempo todo... não que eu não gosto da presença de amigos e familiares... mas vc está tão desesperada que tu não quer ver ninguém... é a mais triste sensação... vc se sente só mesmo rodeada por um monte de gente...só vc tá sentindo aquilo tudo...
Daí na primeira semana vc tem a primeira saída: pediatra. Fui na que acompanhou meu parto. Como o Lucas nasceu grandão (4,165 kgs) ela introduziu o NAN direto... dizem que como é grandão ele não pode esperar o meu leite descer pq pode ter hipoglicemia. Então ele vinha pro quarto eu dava o peito e depois ele mamava. Falei para a médica que o Lucas estava mamando mas chorava muito e que eu suspeitava de fome. Ela me perguntou: "vc vê a boquinha com leite?". Isso eu via sim. daí ela disse: "então vc está amamentando". Logo depois ela tirou a roupa dele (foi quando caiu o umbigo), ela foi pesá-lo. Ele estava com 3,880 kgs... ela virou-se para mim e disse:"Mãe, vc está deixando ele dormir demais. Tem que dar mamar". Oras, eu tinha acabado de dizer que ele chorava o tempo todo e que não dormia nada... A noite ele dormia 20 minutos e olha lá... eu estava exausta!!! Fiquei apavorada. Ela me perguntou:"está dando a mamadeira". Prontamente respondi que estava dando somente a noite para ver se ele ficava mais calmo tentando descansar.... não queria dar o tempo todo pois tinha receio que ele largasse meu peito. A resposta da médica maravilhosa:"entendi, vc dá a mamadeira só para vc poder dormir". Como assim???? Perguntei então: "Como devo proceder então?". Resposta espetacular:"Peito horário livre e mamadeira junto". Isso é resposta clara???? peito horario livre entendi... mas mamadeira era pra ser o tempo todo???? Passou mais uma semana até que um dia não aguentava mais... ligava para a pediatra com alguma duvida e perguntava: "pode falar, está ocupada?". Coisa de educação que a gente faz não é?. A médica: "não tenho tempo, mas não adianta mesmo que depois vc vai me ligar de novo". Ora, lógico que iria ligar novamente... Ela falou isso para o meu marido né... senão eu tinha mandado ela pastar... ele nem quis me dizer pq sabia que eu ficar brava.
Pensei de pronto: vou procurar o meu pediatra... ele sempre acertou. Não achei nenhum registro. Foi aí que lembrei do antigo ginecologista da minha mãe...sim, o que me colocou no mundo. Minha mãe ligou para ele e prontamente ele avisou que sua filha era pediatra. Ele pediu para que eu ligasse para o consultorio dele e marcasse consulta. Fiz. Uma hora depois ela ligou. Perguntou o que estava acontecendo e eu relatei. Ela concluiu que era fome o que ele tinha...como assim??? eu dava peito... mas a produção era pequena para a demanda dele. solução: dar mamadeira de 3 em 3 horas. Perguntei se isso não ia fazer ele largar meu peito. Ela me respondeu que isso poderia acontecer, mas era melhor do que fazer ele perder peso e ficar com fome.. concordei e fiz isso. Me senti mais segura com a explicação da médica e de cara peguei confiança... a preocupação dela de me ligar sem me conhecer, sem ser sua paciente me conquistou. Lucas ficou mais calmo e começou a se desenvolver melhor. Exausta eu continuei, mas tranquila pois via meu filho melhor. O medo dele perder vontade de perder meu peito foi infundado... até hoje (ele está com 3 meses e meio) ele ama meu seio... às vezes ele prefere meu peito do que a mamadeira...meu leite desceu mais...então espacei mais o horario da mamadeira...ainda permanece pq nem sempre meu peito consegue suprir a demanda dele...Tanto é que raríssimas vezes meu peito vazou ou ficou duro de tanto leite.
Esses foram meu atordoados e loucos primeiros quinze dias

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Dia 16-10-2010 - o grande dia!


Vou começar esse post narrando a noite anterior. Marcello retornou do trabalho mais cedo para ficarmos mais tempo juntos curtindo os ultimos instantes da barrigona. Vários telefonemas dando boa hora foram recebidos... grandes amigos e familiares que nos mandam muita energia boa. Roberto e Mônica (que tiveram a Julia em Julho) vieram nos visitar. Isso porque nós os visitamos bem no dia em que a Julia resolveu chegar ao mundo... assistimos inclusive as contrações. Visita ótima que ajudou um pouco o tempo passar... Quando eles foram embora, notei que eram as últimas horas como duas pessoas somente. Eram onze da noite e fomos deitar. Já não podia comer mais nada - pior coisa para uma grávida. Ficar sem comer. Afffffffff. Percebi que Marcello estava hiper, super nervoso, mas não falava nada. Como íamos acordar muito cedo (o horário para chegar na São José era 5:30), tínhamos que dormir. Dormir???? Algo que achei que não ia conseguir. Incrivelmente consegui e acordamos 4:30. Tomei um longo banho quente, fazendo bastante carinho na barriga e conversando com o Lucas... última conversa sem ver seu rostinho. Estava escuro ainda e colocamos as malas dentro do carro. Olhei para o prédio onde moro e pensei: Quando voltar estarei com o Lucas...
No caminhos os vovôs de ambos os lados ligaram dizendo que estavam a caminho.
Chegamos e demos entrada na papelada e subimos para o quarto 505. Logo depois os vovôs maternos e a titia chegaram. A enfermeira foi no quarto e fez um questionário. Às sete da manhã (horário marcado pelo médico) chegou a pediatra. Conversou bastante com a gente e disse que quando o bebê saísse, ela faria uns exames e levaria diretamente para o berçario e era esse o local que a família deveria aguardar. Minha mãe - nervosa pacas - pediu para avisar sobre o meu estado nesse momento através do vidro (é uma estressada). Depois veio o anestesista. Esse era o homem que eu estava receosa... estava com medo da peridural... ai, ai.... e se não pegasse??? e se doesse???  7:40 chegou o médico... Eu já estava com aquele avental e tudo mais. Ele brincou conosco e avisou que já ia pro centro cirurgico. Respirei fundo né... Logo depois chegou o enfermeiro com a maca... fui me despedir dos meus pais e sogros... eu sabia que ia dar m... qd fosse dar um beijo na minha mãe... ahh minha gente foi uma choradeira... mãe e irmã chorando de um lado foi dose... minha sogra tentando elevar os ânimos disse para todos ficarem tranquilos que daqui a pouco eu ia voltar e ainda com um bebezinho. Subi na maca e Marcello foi ao lado... andamos pelo corredor e eu vendo aquelas luzes passando. Pensei de pronto: "Gente...estou sentindo que esse bebê quer nascer amanhã. Então vamos obedecê-lo né??? Não que esteja amarelando... é só vontade dele"....Pegamos o elevador. No andar de baixo da São José, virando a esquerda vai para o berçario e virando a direita vai para o centro cirurgico. A maca foi pra direita e me despedi dos meus pais e da minha irmã. Marcello foi comigo. Dali não falei mais uma palavra. Chegando na porta onde ia ser operada, Marcello me deu um beijo e eu entrei. Ele ia trocar de roupa. Aquele momento era só eu, os médicos, a porcaria de uma cama dura e fria e uma kcetada de luz e instrumentos. De pronto me colocaram o soro e os varios negocinhos no meu corpo para monitorar batimentos cardíacos e tudo mais. Aí vinha o que eu mais temia:  ANESTESIA... fique de lado e a médica (esposa do meu médico. Os dois sempre operam juntos e ambos são obstetras), me abraçou com toda força para eu conseguir me curvar... daí levei dois choques (eu tinha ouvida falar nisso. Fisga um nervo e a perna estica... o dorzinha chata pra burro). Não sentia diferença nenhuma. Pronto..desesperei...só faltava essa...a anestesia não pegar... daí o anestesista disse para ficar calma que eu ia sentir um calor nas pernas e depois ia adormecer. E foi exatamente o que aconteceu. A sensação nas pernas é de que as mesmas estavam curvadas embora estavam esticadas. Desceu o pano e sabia que já ia começar o procedimento. Passou praticamente 10 a 15 minutos, Marcello entrou na sala... eu sabia que quando ele entrasse é porque a minha barriga já deveria estar sendo aberta. Ele sentou atrás de mim e perguntou se estava tudo bem... eu disse que sim, mas logo depois fiquei enjoada... vontade de vomitar... comecei a tossir que nem cachorro... o médico me respondeu dizendo que eu já ia entender o motivo do meu enjôo (como estavam cortando as camadas, a minha pressão foi diminuindo). De repende ouvi uma outra tosse de cachorro atrás da minha cabeça. Era meu marido. Os médicos começaram a pedir pra ele sentar no chão, achando que ele ia desmaiar... eu comecei a rir né... eu achava que ele nem ia entrar na sala, já que ele não suporta sangue... ele pediu para sair por alguns segundos. Porém esse segundos foram os essenciais. Quando Marcello saiu, ouvi o médico dizer: "Nossa que ombrão". Eu me perguntei internamente: "como assim???? ele já me cortou???? Minha barriga está aberta??? Não senti nada???." meu pensamento foi interrompido pelo som que esperei por exatamente nove meses... o chorinho do Lucas...nada nesse mundo pode ser comparado a esse momento mágico. A pediatra colocou ele por cima do pano e foi a primeira vez que o vi. Não demorou muito e a médica colocou Lucas numa mesa ao lado para fazer os exames.. nessa hora Marcello retornou. O enjôo que eu estava sentindo sanou imediatamente. Quando acabou o exame e colocaram a pulseirinha nele, o botaram em cima de mim. Tão sujinho...cheio de uma meleca branca e conseguia ser o serzinho mais lindo que eu já tinha visto. Como pode né.. Daí a médica o tirou e o enjôo retornou a toda.. Nem vi para onde ele e marcello tinham ido. Quando eu estava grávida falava pro Marcello que quando tirassem o Lucas e o levassem para a incubadora, que ele não ficasse comigo e seguisse o garoto... neura de mãe achando que podiam perder ele... ai, ai... O médico me deu aquele sossega leão e apaguei...depois disso só lembro de estar no quarto novamente com uma coceira insuportável no rosto. Nas pernas sentia um frio enorme. Perguntei se estava tudo bem e onde estava o Lucas. A resposta foi a mais inusitada: A roupa que eu tinha separado foi "cagada" pelo Lucas... ou seja, ele aprontou com alguns minutos de vida.... só podia ser meu filho. Mandei a segunda muda de roupa para meu baixinho poder ser trocado e subir para ver a mamãe. Aí ouvi Marcello descrevendo o momento dele com o Lucas no berçario. Sobre sua emoção. Visitas e tudo mais. Quando todos foram embora, pedi para levar o Lucas para o berçario e dormi que nem uma pedra. No dia seguinte, as 5 da manhã levaram o Lucas para o meu quarto para tentar dar de mamar. O esfomeado fez duas sugadas fora do contexto que deixaram meu mamilo com sangue pisado. Depois mais visitas e tudo mais... foi no domingo a noite que a Rafa e o Otto nos visitaram e demos a notícia de que eles seriam os padrinhos... foi muito legal... ficaram muito emocionados. Quando eles foram embora, ficamos nós três na última noite no hospital. O dia seguinte ia ser mais um desafio... ia ser só nós mesmo... sem enfermeira...Foi nessa noite que senti a dor forte da cesarea... e vi que nesse quesito estavam começando o pior... como dói... afffffffffff

Nono mês

O nono mês se resume no seguinte: COMPLEXO DE EMOÇÕES!!! Você está cansada, feliz, ansiosa, inchada... ai,ai...
Começa as consultas semanais no ginecologista. O engraçado que você chega na consulta e pergunta logo: "é hoje?", "Já vai marcar". Meu médico que é super tranquilão (oposto da paciente dele kkkkk) falava: "calma...tá com pressa porque? Aproveita e dorme." - conselho muito dado e que eu não entendia... hoje entendo perfeitamente e sempre dou esse conselho agora também...
Daí vem a contradição. Você sempre faz a pergunta e recebe um PERAE... pior quando o médico diz: "é... vamos marcar pra daqui a dois dias".... hein? é sério? Nossa!!! Um misto de nervoso e felicidade explodem dentro de vc... vou ver a carinha do meu bebê.... eba!!!!
Fim nos enjôos, sono, comilança e tudo mais...
Data marcada a ansiedade aumenta e o controle emocional é tudo nessa hora... o meu dia foi o 16/10/2010, que vou narrar em outro post


terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Terceiro Trimestre


Reta final... essas palavrinhas não saem na nossa cabeça quando o sétimo mês chega... toda grávida que eu conheço quer o quartinho pronto nessa altura do campeonato... isso porque pensa que se nascer prematuro, o bebê já tem o seu cantinho prontinho. É nesse periodo também que quem decide fazer o book (como da foto acima) faz... isso porque a mulher já tem uma barriga considerável e também não está muito inchada. Na foto acima eu estava com 34 semanas de gravidez. Não estava inchada... aliás, comecei a inchar duas semanas depois dessa foto... tive que inclusive párar de usar minha aliança. Já estava 10 Kgs acima do meu peso e pensava: ferrou mesmo!!!...Relaxei de vez, fazer o que??? Me desesperar??? Nunca... hahahaha
Fiz o book pertinho aqui de casa www.studiomil.com.br. Muito legal!!! É um casal que faz... ele é o fotógrafo e ela a maquiadora. Chegamos as sete da noite e as onze terminamos. No final do sétimo mês ainda me sentia disposta e tranquila.
No meio do oitavo mês comecei a sentir pequenas cólicas e o médico receitou repouso. Repouso??? eu???? putz... como fazer isso??? Parei de ir ao escritório e fiquei em casa direto... Para quem pensa que párar de trabalhar é ótimo nesse periodo eu não achei... quando vc vai trabalhar, vc se distrai, pensa em outras coisas além da gravidez. Agora quando vc fica em casa, parece que o tempo não passa. Marido, mãe, sogra tudo querendo que vc fique quieta em casa. Se eu descesse e fosse ao hortifruti em frente, já tinha 324293498 ligações querendo saber onde eu estava. Isso é fato. Teve uma vez que fui na vizinha do lado (porta ao lado devo enfatizar) devolver uns grampos de cabelo já que o cabelereiro que fez a escova no meu cabelo (para a foto do book) foi indicado por ela. Não levei o celular, porque ia entregar e ia embora... até porque ela estava bem ocupada, pois tinha a Valentina de somente 2 meses e pouquinho. Não poderia atrapalhar não é??? Toquei a campainha e ela estava indo dar banho na Valentina... como o papo estava bom, ela pediu para eu ficar e ver o banho e ajudá-la... fui ficando. De repente toca a campainha dela e quem era: MEU MARIDO... Estranhei... ele não devia estar trabalhando?? Marcello com um cara de p... me disse: "Você está aí né?!" Oras... ele não estava me vendo??? "Sim" disse eu emendando: "porque, algum problema"... A resposta foi: "liguei mil vezes para casa, celular e tudo mais... vc não atendeu. Liguei para sua mãe, irmã para saber se sabia onde vc estava ou se tinha falado contigo. Nada.". O desespero foi tanto que ele pediu para um funcionário da empresa trazer ele aqui em casa (já que o carro estava comigo) para ver se eu estava desmaiada ou algo parecido. Sem me encontrar em casa, novamente ligou para minha mãe. Ela que foi dizendo: "olhou na piscina???" "E na casa da vizinha com o bebê novo? Ela deve estar lá paparicando a menina". Foi aí que ele me achou... afffffffffffffffff instala-se um GPS em mim... saia muito mais em conta e menos problemático.
Foi nesse periodo também que algo hilário ocorreu comigo... sim minha gente tão amada... é exatamente a estória narrada nos comentários abaixo pela minha mui amiga Tulaine e minha predileta tia... fui ao ginecologista... barrigão gigantesco... eu não andava e sim remava. Após almocei no La mole... fui ao fórum rapidinho resolver um processo...demorei duas horas e isso porque estava na fila preferencial...voltando para Jacarepágua, na linha amarela, eis que sinto uma dor aguda e forte na barriga... Marcello, homem desesperado por natureza, já achou que era contração... logo acalmei: "Não é isso... é dor de barriga..". Em vez do cidadão acelerar o passo, fez o contrário... parecia um filme, um comercial de venda de automóvel sabe...com música instrumental... o filho da mãe parecia estar curtindo o passeio... Passeio??? adivinha se era isso que passava em minha mente...O bebê dentro da minha barriga parecia estar sambando. Passamos o pedágio e eu só pensava comigo: "calma Anna.. na próxima saída já estamos em Jaca e pertinho de casa. Você aguenta." Mas meus amigos, vcs já devem ter ouvido a seguinte frase que agora mais do que nunca a respeito: QUANTO MAIS PERTO PIOR FICA. Peço perdão as pessoas menos abertas aos palavrões para expor o meu momento -- puta que pariu - o negócio piorou... de repente me vi com puns molhados...molhados não... enxarcados... tentei disfarçar mas não deu... o fedor me entregou... meu marido, um sacana, começou a rir e ter ânsia de vômito... e eu gritando: "pára de rir que tá só piorando a situação". Meu filhote em vez de ajudar, parecia empurrar mais ainda pra sair mais. Eu dizia: "Filho, coloca o pezinho pra travar a mamãe". Mas parece que ele não entendeu. Aliás, eu já disse que meu marido pensa no próximo??? Eu não disse é porque não pensa.. ele pensou no CARRO DELE... ele fez eu me levantar um pouco para colocar o tapete embaixo né... que mico... pior que na rua da minha casa, eu já tinha feito tudo né... comecei a rir... fazer o que??? tá na merda... não só literamente dizendo... essa estória vai ficar no meu diário de grávida porque fez parte dela e não tenho como negá-la...o nono mês embora faça parte do terceiro trimestre, farei em outro post por ser o mais importante... até lá

Segundo Trimestre

Ahhhhhh o segundo trimestre... afirmo veemente: GRAVIDEZ PODERIA SER DO 4º AO 7º MÊS.... estaria de bom tamanho não é mesmo??? Nossa... os enjôos dão uma diminuída drástica, a barriguinha começa a aparecer... a gravidez enfim começa a mostrar todo seu lado positivo. A felicidade é total!
Aliás, é no 4º mês que consegue saber o sexo do bebê. No meu caso a história chega a ser dramáaaaaaaaaaatica... dramática para gestante... para pessoas normais - sem hormônios exagerados - pode ser engraçada. Quando fiz a ultrassonografia da translucência nucal (13 semana) o médico (super experiente e super indicado) chutou que seria uma menina... veja bem: sempre tive a intuição de que teria um meninão...sempre mesmo... mesmo antes de estar grávida eu já tinha sonhado com um menino. Mas uma menina: a Anna Clara. Poxa, foi difícil resistir!! Fique muito feliz...O pai nem tanto, porque era o único, eu digo o único que torcia muito para um menino. Nem os pais dele torciam muito para um menino... queriam mesmo era uma companhia para a neta Bruna... única num reino de homens. Mesmo sendo chute não me controlei e comprei um vestidinho caro pra caramba... (vestidinho esse usado hoje pela gatíssima Júlia). Daí quando voltei de viagem fiz uma outra ultrassonografia para confirmar o sexo mesmo (16 semana) e a surpresa... tinha um "cajuzinho", uma "tartaruguinha".... perguntei ao médico: "ei, isso ae não é um pintinho???". E o médico: "viu eu disse que era chute... é um meninão"... O pai ria que nem um louco e perguntei: "Tá feliz?". E ele disse: "sim, mas o melhor é que vou contraria meu sogro". (Isso porque meu pai tinha certeza que era menina... viajou e trouxe um monte de coisa ROSA...sim ROSA... não salmão, não vermelho claro.... era ROSA... hahahahah. Fiquei chocada, sem o que falar... saímos da ultra e enquanto o parecer não vinha começa aquelas inúmeras ligações... a primeira que liguei foi minha mãe. A segunda foi a Sra. Rafaella (que tb tinha certeza de que era menina pelo exame) e a terceira foi a Sra Tulaine...daí dei a notícia e ela foi a única a me perguntar: "Anna, tu tá com vontade de chorar???". Respondi imediatamente um simples: "aham"... Daí Tuka: "saí de perto do Marcello e vai chorar longe"... Não deu tempo...comecei a chorar no meio da sala de espera... as pessoas me olhavam acreditando que tinha algum problema com o bebê logicamente.... eu chorava e me condenava pois que besteira chorar pelo sexo não é... o mais importante é estar o bebê saudável...eu tinha noção disso e pq não conseguia párar de chorar??? ridiculo... Marcello me olhou estarrecido sem entender aquela reação... eu dizia que não queria estar chorando, não estava renegando o bebê macho dentro de mim, só precisava me acostumar com a idéia... Oras, olha a contradição: sempre soube que seria menino...tinha certeza... se o médico não tivesse me dito menina, nada teria acontecido... será mesmo???? grávida é algo descontrolável mesmo... Daí meu marido para ajudar diz: "melhor menino...dá menos trabalho"... Menos trabalho???? Como assim???? Ele sabe que no MUNDO o número de "periguete" aumenta assutadoramente... Já imaginou aquelas garotinhas peguetes batendo na minha porta para sair com o MEU FILHO???? Pior... ele se apaixonar por uma???? ai, ai... prefiro não pensar ainda nessa parte... METO PORRADA NUMA hahahahhahahahhahhahaahha Cheguei em casa e a cachoeira que saia dos meus olhos não paravam. Minha irmã para preocupada com minha "tristeza sem motivo" fez uma lista de beneficios por ser um menino: - Não vai gastar com casamento, não vai gastar com absorvente, não vai gastar com unha, depilação... hahahahah Comecei a rir com o trabalho e a criatividade. Fiquei preocupada com meu pai que tanto pensava em ser menina... ele que estava fora do país, quando soube como eu estava, parou uma reunião para falar via skype comigo... tão bonitinho... me acalmou bastante... quem olha de fora diz: frescurite aguda... aliás eu mesma agora digo que também acreditaria em frescura se visse... mas na hora e naquele instante não foi... enfim, no dia seguinte a ficha caiu... e comecei a pensar no tema do quartinho...
Isso é também o melhor do segundo trismestre: PLANEJAR O QUARTINHO.... escolhi o tema safari. Pensei em pintar o quartinho de verdinho... Tinha que adaptar meu segundo quarto que era um escritorio para dar lugar ao berço e coisas de bebê. Mais uma vez a diferença de MulherXhomem aparece... isso mesmo. Homem e mulher tem "tempos" diferentes... tudo para eles é em cima da hora... deixa acontecer... mulher e principalmente eu que sigo a linha "peru morre de véspera" queria de pronto aprontar o quartinho... que guerra que foi!!!
Também é no final do quarto mês que senti o bebê mexer... no começo é uma dúvida...será que é o bebê??? daí é uma felicidade total (mal sabe que depois vc sente maior dor quando ele chuta sua costela)...
No final do sexto mês eu estava com uma barriguinha bem aparente... é só ver a foto... e começava a pintar o quartinho do filhote. O berço já tinha sido comprado, mas pedi para esperar para entregar.
Enfim, tudo de bom... no final do sexto mês tinha engordado 7 kgs... achei: será que vou conseguir os 12 kgs??? agora é só fechar a boca... ledo engano... mas isso fica para o próximo post.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Primeiro Trimestre

Vou resumir os três primeiros meses em um post porque esse periodo só foi uma coisa: ENJÔO!!! Eu simplesmente acordava com um pacote de bolachas salgadas do meu lado. Antes de levantar, comia umas duas, três. Aí sim levantava. Daí em diante um só pensamento corria minha mente: "O que posso comer que não vou enjoar?".
Todos falam em desejo de mulher grávida. Eu não tive desejo, pois a verdade era o que comer que não me dê a bendita ânsia de vômito.
O cúmulo mesmo foi uma vez que fui ao mercado com meu marido e minha mãe. Eu devia estar muito pálida, pq minha mãe que nunca acredita que estou quase tendo um treco, falou para irmos embora. Nesse instante, eis que vejo uma miragem, algo fascinante: PACOTE DE OVOS. Pensei imediatamente: PÃO COM OVO!!! Delícia... Rapidamente fiz os dois irem para o caixa para terminar as compras, porque não via a hora de chegar em casa e comer o prato mais almejado de todos os tempos.
Acreditem ou não, foi uma felicidade... quem assistiu a minha comilança diz que foi de rir.... meus olhinhos voltaram a brilhar e meus lábios voltaram a ficar vermelhinhos... como um pão com ovo faz uma pessoa ficar tão feliz!!! Isso são os efeitos colaterais da gravidez...
Paralelamente aos enjôos, vinha o receio da gravidez estar percorrendo tudo bem... o medo de que desse algo de errado... enfim, o que a maioria das barrigudas de primeira viagem sentem.
Quando eu soube da gravidez, fiz logo a primeira ultra... pelas contas do médico eu estaria com 7 semanas. Porém, como já disse no post anterior, meu ciclo era uma zona, logo minha ovulação era doida. Assim, na verdade eu estava na 6 semana de gestação. Ouvir o coraçãozinho do bebê foi o marco desse periodo gestacional com certeza.... chorei...foi uma emoção muito forte!!! Daí uma semana depois tive um pequeno sangramento... temor total... Foi aí que na segunda ultra descobri que tinha placenta baixa e que isso poderia acontecer. Estava proibida de fazer esforço e exercícios físicos.
Enfim, não via a hora de chegar o quarto mês de gestação, ou seja a 16 semana... grávida só fala em semana não é mesmo????

Gravidez

Bem, dizem que mulheres são complicadas não é isso??? Pois bem, eu tenho certeza que sou beeeeeemmm complicada e cheio de neuras. Uma das minhas maiores neuras era de que eu acreditava ser dificil de engravidar. É verdade! Meu ciclo menstrual nunca foi regular desde o seu início. Vinha a menstruação num mês, ficava ausente mais 2... ou seja, simplesmente louco. Assim, em 2009, deixei o anticoncepcional em Janeiro pois  o mal estar retornou. Nossa, um enjôo insuportável. Era só colocar o comprimido na boca que começava o enjôo. Para dormir, eu tomava chá preto/erva doce/camomila, pra conseguir amenizar. Daí me deram a dica de tomar o comprimido juntamente com o jantar. Melhorou, mas como em Janeiro houve o retorno desse mal estar dei uma pausa, mas sem pensar em ter filhos ainda. Era algo que conversavámos e que tinhamos muita vontade de ter, até porque começamos a curtir muito a Anna Elíria (filha do Otto e da Rafa - padrinhos do Lucas) mas ainda queríamos nos curtir um pouco mais. Em Junho retornei ao anticoncepcional porque não aturava mais não saber qual dia eu estaria "naqueles dias". Antes disso, fiz uma ultrassonografia para ver se estava ovulando. Nada! Isso não me preocupou, pois como disse, o plano da gravidez estava presente mas não era nosso principal enfoque.
Marcamos nossa viagem para Outubro. Não poderia ficar grávida porque como entraria nas montanhas russas??? Nem pensar. Assim, combinamos de que no retorno da viagem, seria o início da temporada de "caça" (Tuka conhece o termo perfeitamente) hahahahah.
No meio de nossa viagem, recebemos a primeira notícia que nos empolgou e mostrou que era certo o tempo para nossa gravidez: Julia estava a caminho. Roberto e Mônica estavam grávidos. Nossa felicidade total! E por mais incrivel que fosse, quando estávamos no aeroporto retornando para casa, entrei no computador e vi a mensagem da Tuka confirmando a sua gravidez. Parecia sinal divino mesmo. Emocionada, pulando de felicidade, entrei no avião e tomei o último anticoncepcional na caixa - 31/10. No início do mês de Dezembro, fui ao ginecologista e mais uma vez fiz a ultrassonografia. Nem sinal de que eu estaria ou iria ovular. Resultado: o médico me afirmou que eu poderia estar com o hormônio da ovulação desregulado. Perguntei logo: "Doutor, vc quer dizer que terei dificuldade em engravidar?" Ele respondeu: "Não. Vou reformular sua pergunta. Se vc me perguntar se há o risco de vc engravidar, diria que sim." E emendou: "brinque durante uns 6 meses. Se não engravidar, retorne que faremos exames de hormônios...uma busca mais detalhada."
Saí acabada do consultório. Tinha ido sozinha (sempre fui acompanhada) e sai chorando desesperada. Minha intuição que teria dificuldade estava confirmada. Meu marido me tranquilizou e disse para não pensar no assunto.
No mês de Janeiro, relaxei de vez. Não tomava mais o remédio e deixei ver o que ia acontecer. Quando perguntavam se a gente estava pensando em neném eu respondia: "estamos pensando com mais força no assunto / A idéia está ficando mais forte". (dica da Tukinha pra evitar maior pressão). Encontrei a prima do meu marido, grávida do segundo filho e ela me disse brincando: "encosta sua barriga na minha que a gravidez passa." Ri daquilo pois naquele dia estava menstruada - mal sabia que seria a última vez.
Mês de fevereiro - carnaval - maior calor no Rio de Janeiro - pelo calendário estaria com cólicas e tudo mais bem no carnaval. Sacanagem! Queria curtir o sol, praia, sair de barco, sem me preocupar com dores e TPM.  Senti as cólicas e pensei: "Putz, quando eu não quero, a porcaria regula". Mesmo assim, bebi bastante vinho, brinquei com amigos de me pendurar no teto e fazer abdominal, fiz tudo lá em Itapuaçu. Domingo depois do carnaval, me preparando para voltar ao batente, fui a um casamento. No meio do jantar - massa - senti um enjôo vindo do nada e muito forte. Olhei para o Marcello e ele arregalou os olhos para mim. Daí eu disse: "Relaxa...não pode ser". Tínhamos fechado pacote para mais uma viagem em Abril e gravidez não estava no roteiro do passeio. Segunda-feira amanheci enjoando... terça idem. Para por fim a duvida, pedi ao meu marido para comprar o exame de farmácia e disse: "pode ser gravidez psicologica. Eu vendo que não estou grávida, a menstruação desce." A noite pedimos uma pizza, fui ao banheiro e fiz o exame. Rapidamente os dois tracinhos surgiram. Heeeeeeeeeeeeeeiiiiiiiiiinnnnnnnnnnnn???/ Eu não teria dificuldade??????????? Não acreditei. Pedi para o Marcello comprar outro exame porque esse podia estar "quebrado".... Novamente positivo. Avisei a minha mãe somente pois queria confirmar com o exame de sangue que faria no dia seguinte.  Já o meu marido já tinha ligado pra meio mundo dizendo que não seria o unico barrigudo em casa. No dia 24/02 às 20:00 a confirmação: 13.331 - grávida. Surpresa total para quem achou que um ano seria o prazo mínimo para engravidar, três meses foi um agradável presente, principalmente para meu marido que no dia seguinte da confirmação fazia aniversário. Desse dia em diante foram muitas aventuras que contarei nos demais posts.

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Primeiramente, gostaria de dizer que sempre pensei em fazer esse tipo de "desabafo", mas não achava que teria tempo ou sequer inspiração. Essa última, veio com a minha grande amiga Tuka, mamãe do João...aliás, grande mamãe, exemplo a ser seguido. Tempo teve que ser dado pelo meu filhote... o Lucas. 
Enfim, espero conseguir aqui fazer um quase diario virtual das historias do Lucas, mostrando toda o seu caminho.